A noite de terça-feira (08) teve mais um ato para marcar um ano de guerra de Israel em Gaza e sua ampliação agora para a Cisjordânia e o Líbano, com ataques em mais 3 países da região – Síria, Iraque, Iêmen, e ameças de escalar os confrontos regionais para o Irã.
Israel é um “estado assassino”, disseram várias vezes os ativistas e lideranças de movimentos que ocuparam o microfone na Praça Roosevel, em falas mediadas pela jornalista palestino-brasileira da Frente Palestina SP, Soraya Misleh. E as cobranças foram principalmente direcionadas ao governo Lula, considerando que o Brasil tem contratos e públicos e privados com Israel, algumas iniciativas ainda tramitando em nível federal, e outros acordos em vigor nos estados, por exemplo via algumas universidades.
“Lula, rompa relações com Israel”, pediu o presidente do Fórum Latino Palestino, Mohamad El Kadri, em sua intervenção. Com parentes no Líbano, alguns sendo resgatados pelo governo brasileiro, Kadri expressou o sofrimento das famílias que agora são alvo de bambardeio inclusive na capital do país.
A cobrança pelo fim do genocídio veio também da organização “Vozes Judaicas”, cujas lideranças denunciam Israel pela guerra em Gaza e e contestam o uso da religião e da indentidade judaica pelo sionismo para justificar o genocídio.
Ao final, um grupo recitou uma reza judaica em hebraico, pelo fim do sofrimento na Palestina.
Participou da vigília um grupo do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, que tem promovido atividades solidárias com o povo palestino e mantém em seu site um dossiê atualizado regularmente com as notícias sobre a guerra. Somente neste ano de guerra, 177 jornalistas foram mortos por Israel, interditando o trabalho de cobertura da imprensa.
O ato desta terça integra uma semana de atividades programadas por organizações da Frente em Defesa do Povo Palestino, começando pelo ato-debate realizado no Al-Janiah no dia 7 de outubro e prosseguindo com iniciativas e lives até sexta-feira, com programação no Largo São Francisco.