Forças israelenses atacam camponeses e oliveiras na Cisjordânia

Forças da ocupação israelense atacaram, nesta quinta-feira (10), camponeses palestinos na aldeia de Kafr Qaddum, a leste de Qalqilya, na Cisjordânia, ao confiscar ilegalmente a colheita de oliveiras e rasgar sacas de azeitonas, ao jogá-las nas ruas.

As informações são da agência de notícias Ma’an.

A campanha hostil contra o cultivo de oliveiras — não somente simbólico aos palestinos, como questão de subsistência — ocorreu horas após o ministro de Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, instar o governo a cancelar a colheita na Cisjordânia.

Desde o início da temporada deste ano, o exército israelense mantém ações deliberadas para impedir os camponeses de acessar suas terras, sobretudo na província de Qalqilya, no leste da Cisjordânia.

Autoridades ocupantes insistem que os produtores agrícolas demanda coordenação com a Administração Civil — gestão colonial de Israel em terras palestinas — para adentrar em terras designadas como “Área C”.

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A postura de Israel contradiz uma decisão de julho deste ano do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, que reconheceu a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instruir evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.

Políticos israelenses, contudo, continuam a reivindicar a anexação ilegal da “Área C” e a expulsão dos palestinos da área. A chamada “Área C” cobre em torno de 60% da área da Cisjordânia, sobretudo terras produtivas, conforme os Acordos de Oslo.

Ataques coloniais israelenses — incluindo pogroms contra cidades e aldeias palestinas — se intensificaram no último ano, no contexto do genocídio em Gaza.

No enclave mediterrâneo, são ao menos 42 mil mortos e 97 mil feridos, além dois milhões de desabrigados, sob genocídio, conforme investigado por Haia. Na Cisjordânia, são 700 mortos, 2.700 feridos e dez mil detidos arbitrariamente.

As ações de Israel — que, em setembro, se expandiram de maneira intensiva ao Líbano — são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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