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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Bombardeios israelenses impactam ‘toda a lei internacional’, reafirma ONU

Dezenas de ambulâncias destruídas por ataques israelenses ao Hospital Nasser, em Khan Younis, na Faixa de Gaza, em 9 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Izumi Nakamitsu, alta-representante das Nações Unidas para Desarmamento, descreveu como “alarmantes” os implacáveis bombardeios de Israel contra Gaza, ao notar que estes não apenas afetaram conquistas em seu campo como “toda a lei internacional”.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Penso que o impacto não repousa apenas sobre o desarmamento, mas talvez sobre toda a ordem mundial, com base na lei internacional”, comentou Nakamitsu.

Para a oficial, é urgente que Estados-membros retomem o respeito à Carta da ONU e à lei internacional. “A mensagem é nítida … temos de fazer tudo para restaurar o respeito à lei internacional”, declarou Nakamitsu em coletiva de imprensa.

Segundo Nakamitsu, o secretário-geral, António Guterres; o alto-comissário para Direitos Humanos, Volker Türk; e outros oficiais e agências compartilham a mesma apreensão.

A oficial confirmou ainda que há estudos especiais em curso sobre o uso de explosivos e armas de grande porte em áreas densamente povoadas, por parte das forças israelenses, e que tais equipamentos têm efeito indiscriminado sobre populações civis.

LEIA: ‘Inaceitáveis’, diz Europa sobre ataques de Israel à missão de paz da ONU

Nakamitsu reiterou esforços das equipes da ONU junto a numerosos países para que tais armas não sejam usadas em zonas urbanas, independente das circunstâncias.

A oficial corroborou ainda riscos crescentes de aplicação de armamentos nucleares, sob retórica cada vez mais comum neste sentido. “Espero que possamos reverter esta infeliz e perigosa trajetória atual”, concluiu seu pronunciamento.

Suas declarações coincidem com o primeiro aniversário do genocídio israelense na Faixa de Gaza, com 42 mil mortos, 97 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob disparos indiscriminados do exército ocupante. Entre as fatalidades, 16.700 são crianças.

Nas semanas recentes, Israel intensificou suas ações no Líbano, junto a ameaças ao Irã, fomentando temores de disseminação da guerra a uma escala regional.

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