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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Parlamentares exigem de Londres embargo de armas contra Israel

Parlamentar independente do Reino Unido, Zarah Sultana, no Sindicato das Brigadas de Incêndio, em Londres, em 10 de outubro de 2024 [Zarah Sultana/Instagram]

Cerca de 50 parlamentares do Reino Unido acolheram em nova moção a resolução de 18 de setembro da Assembleia Geral das Nações Unidas pelo fim da presença ilegal de Israel nos territórios palestinos ocupados dentro de um ano, ao instar do governo trabalhista de Keir Starmer que suspenda todos os envios de armas a Tel Aviv.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A moção foi introduzida pelos deputados independentes Richard Burgeon, Imran Hussain e Zarah Sultana, além dos trabalhistas Andy McDonald, Diane Abbott e Bell Riberio-Addy, que reiteram que a decisão da ONU impõe novas obrigações a Londres.

Os congressistas “exigem do governo que aja em apoio à resolução e à opinião do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), incluindo fim de todas as exportações militares a Israel e das importações de bens dos assentamentos ilegais, além de revogar o plano-diretor de 2030, que aprofunda relações comerciais, econômicas e securitárias com o Estado israelense”.

Os parlamentares reafirmaram que a resolução da ONU — aprovada por maioria de dois terços — exige de todos os Estados-membros que cumpram suas prerrogativas conforme a lei internacional e assumam medidas concretas a seu respeito.

LEIA: Passado um ano, o Reino Unido deve acabar com sua cumplicidade no genocídio de Israel

Até a manhã desta terça-feira (15), a moção já reunia o apoio de 47 membros dos partidos Trabalhista, Social-Democrata, Liberal Democrata, Verde, Nacional Escocês, Plaid Cymru (do País de Gales) e Aliança, além de 12 deputados independentes.

“À medida que continuam os horrores em Gaza e na Cisjordânia, o governo britânico deve apoiar a ONU neste momento crítico”, comentou Imran Hussein, no Twitter (X).

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há um ano, com cumplicidade de regimes como Estados Unidos, Alemanha e Grã-Bretanha, deixando mais de 43 mil mortos, 99 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia e em Jerusalém, são 754 mortos, 6.250 feridos e dez mil presos, sobretudo sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

No Reino Unido — assim como em outros países aliados da ocupação —, manifestações de massa tomaram as ruas quase semanalmente; em Londres, na escala de centenas de milhares de pessoas.

Os avanços de Israel seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

A mesma corte, em 19 de julho, em decisão histórica, admitiu a ilegalidade da ocupação israelense nos territórios de 1967, ao exortar a evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.

LEIA: Grupo britânico quer revogação de status do Fundo Nacional Judaico por financiar ações ilegais de Israel

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