O exército de Israel retirou suas tropas da cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, nesta segunda-feira (14), após oito horas de operações que mataram dois jovens e deixaram ao menos quatro feridos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo o ex-prefeiro Nidal al-Obeidi, soldados da ocupação sitiaram uma residência no campo de refugiados de Jenin, a fim de conduzir prisões — a casa, contudo, estava vazia. Esta e outras propriedades foram então “destruídas”, no lugar das detenções.
Mais cedo, na segunda, o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina reportou que “dois palestinos foram baleados e mortos pela ocupação em Jenin”.
Vídeos circularam online, com tratores e blindados militares avançando contra as casas. As imagens mostram também cidadãos feridos nas vielas.
“Nossas equipes trataram quatro pessoas para ferimentos causados durante a invasão de Israel a Jenin”, corroborou o Crescente Vermelho.
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Os avanços coloniais na Cisjordânia e em Jerusalém coincidem com o genocídio de Israel em Gaza, desde outubro último, com 43 mil mortos e 99 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados no enclave sitiado.
Na Cisjordânia e em Jerusalém, são 754 mortos, 6.250 feridos e dez mil presos, sobretudo sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.
Os avanços de Israel seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
A mesma corte, em 19 de julho, em decisão histórica, admitiu a ilegalidade da ocupação israelense nos territórios de 1967, ao exortar a evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.
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