O exército de Israel enviou batalhões adicionais à Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira (16), como preparativo a incursões de colonos fundamentalistas à véspera da semana do Sukkot, feriado judaico com início nesta noite.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Em nota, o exército ocupante alegou encaminhar tropas após nova análise securitária das terras ocupadas, diante dos eventos.
Conforme dados da organização israelense Peace Now, que denuncia os assentamentos, há hoje 500 mil colonos ilegais em 146 assentamentos e 224 postos avançados em terras palestinas da Cisjordânia.
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Tensões escalaram na região no último ano, com invasões militares e pogroms coloniais a aldeias e cidades, em paralelo ao genocídio em Gaza, com 43 mil mortos, 99 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Na Cisjordânia, são 756 mortos, 6.250 feridos e dez mil detidos arbitrariamente — muitos, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sob denúncia da África do Sul deferida em janeiro. Em julho, a mesma corte, em decisão histórica, reconheceu a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e em Jerusalém, ao ordenar evacuação de tropas e colonos e reparação aos nativos.