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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

UNRWA ‘muito perto’ do ponto de ruptura em Gaza, alerta chefe da agência

Palestinos e trabalhadores da ONU examinam destroços deixados por ataque israelense a uma escola da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), no campo de refugiados de Deir al-Balah, em Gaza, 15 de julho de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) se aproxima de um ponto de ruptura em suas operações na Faixa de Gaza sitiada, devido às condições impostas pelos ataques de Israel, afirmou o chefe do órgão, Philippe Lazzarini, em coletiva de imprensa em Berlim, na Alemanha.

As informações são da agência de notícias Reuters.

“Não esconderei o fato de que podemos chegar a um ponto em que não poderemos mais operar”, declarou Lazzarini. “Estamos muito próximos de um possível ponto de ruptura. E quando será? Não sei. Mas estamos muito próximos”.

Lazzarini confirmou que a agência sofre ameaças políticas e financeiras a sua existência, além de dificuldades nas atividades cotidianas, em meio à demanda sem precedentes de assistência humanitária, devido à crise de fome e doenças.

Há um risco verdadeiro, reiterou Lazzarini, às vésperas do inverno, ao passo que o sistema imune da população geral está enfraquecido pela desnutrição, além da destruição, pelas forças de Israel, da infraestrutura sanitária.

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A UNRWA oferece serviços básicos — incluindo educação, saúde e alimento — a milhões de refugiados palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria. No entanto, sofre ataques de Israel pelo seu desmantelamento, inclusive via campanha de fake news.

Israel mantém um cerco absoluto a Gaza desde outubro passado — sem comida, água ou medicamentos. Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais humanos”.

Desde então, o enclave é tomado por “uma fome fabricada pelo homem”, como reportam diversas organizações internacionais, incluindo especialistas da ONU. Dezenas morreram devido à fome, sobretudo crianças.

A crise de fome é parte do genocídio em Gaza, via bombardeios indiscriminados de Israel, com 43 mil mortos, 99 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Os avanços de Israel seguem em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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