Os recentes confrontos entre as forças do governo etíope e a milícia Fano baseada em Amhara se intensificaram na região noroeste da Etiópia, colocando milhares de refugiados sudaneses em risco grave, disse a Human Rights Watch (HRW) na quinta-feira, relata a Agência Anadolu.
A violência, que aumentou desde setembro, colocou ainda mais em risco a segurança dos refugiados que fugiram do conflito no Sudão, disse o grupo de direitos humanos em um relatório.
Desde o início da guerra no Sudão em abril de 2023, dezenas de milhares de refugiados sudaneses cruzaram a fronteira para a Etiópia. Muitos foram inicialmente instalados em campos na região de Amhara, noroeste do país.
No entanto, esses refugiados foram expostos à violência, incluindo ataques, sequestros e trabalho forçado por grupos armados e milícias não identificados, com os combates recentes agravando a situação.
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“Esses refugiados fugiram de abusos horríveis em casa e precisam urgentemente de proteção, não de mais ameaças às suas vidas”, disse Laetitia Bader, Diretora da HRW para o Chifre da África, conforme citado no relatório, enfatizando a necessidade de o governo federal intensificar a proteção aos refugiados.
O relatório também observou que os esforços das autoridades etíopes e da agência de refugiados da ONU para realocar refugiados para áreas mais seguras falharam até agora devido ao conflito em andamento entre as tropas do governo e a milícia Fano.