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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Netanyahu não formaria governo após novas eleições, confirma pesquisa em Israel

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém ocupada, 2 de setembro de 2024 [Ohad Zwigenberg/AFP via Getty Images]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, seria incapaz de formar uma coalizão de governo caso eleições fossem realizadas hoje em seu país, revelou uma nova pesquisa divulgada nesta sexta-feira (18), segundo informações da agência Anadolu.

Conforme a pesquisa, o atual bloco de Netanyahu não conquistaria mais da metade dos assentos no parlamento israelense (Knesset), com 120 vagas, de modo a compor maioria para assegurar um governo.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Lazar, publicada pelo jornal Maariv, indicou apenas 51 assentos do atual bloco de direita e extrema-direita. A oposição venceria 58 assentos, ao depender de capitulações aos partidos árabes, com 11 deputados.

Sem maioria, novas eleições seriam convocadas, ao aprofundar a crise interna em Israel, que passou por cinco eleições em quatro anos, para derrubar e então devolver Netanyahu ao poder.

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O partido Likud de Netanyahu obteria 23 assentos, contra 20 vagas da União Nacional de seu principal rival, Benny Gantz. O suposto centrista Yesh Atid, Yair Lapid, ex-premiê, hoje líder da oposição, teria 14 assentos, assim como o Israel Beiteinu de Avigdor Lieberman — todos, lideranças israelenses hostis aos palestinos e favoráveis à guerra.

Apesar das pesquisas e protestos de massa, novas eleições permanecem improváveis, à medida que Netanyahu usa como prerrogativa securitária sua guerra em Gaza e no Líbano para permanecer no poder.

Críticos apontam que Netanyahu se nega a um acordo de cessar-fogo — e, portanto, troca de prisioneiros com o grupo Hamas, para libertação dos reféns em Gaza — para evitar sua saída do poder e eventual prisão por corrupção nos três processos em curso.

A pesquisa contou com uma amostra de 602 cidadãos israelenses.

Uma consulta prévia notou que os avanços no Líbano — apesar de condenação global — deram novo fôlego de popularidade ao Likud, embora breve, com queda, logo a seguir, do apoio registrado ao bloco de Netanyahu.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 43 mil mortos, 99 mil feridos e dois milhões de desabrigados. O genocídio — sob inquérito no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia — deflagrou uma crise sem precedentes de relações públicas e diplomacia ao Estado de Israel.

A crise se agravou com os avanços israelenses ao Líbano, com receios de propagação da guerra a uma escala regional.

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