O exército israelense enfrenta grave falta de munição necessária para manter suas ações em Gaza e no Líbano, relatou Avi Ashkenazi, correspondente militar do jornal em hebraico Maariv, ao notar preocupação também com a deserção de reservistas.
Para Ashkenazi, o “dilema” se agrava nos sete fronts de Israel no exterior, com manobras em dois fronts – Líbano e Gaza –, além do período estendido de operações.
Conforme Ashkenazi, um número amplo de reservistas adiou os estudos no ano passado, em favor da guerra, mas advertiu seus comandantes que não deve repetir a escolha. Para o analista, forçá-los a servir deve incorrer em problemas.
A crise de suprimentos se soma à crise econômica em Israel, com recordes de pobreza e êxodo em massa de colonos ao longo do ano passado, sob as medidas de austeridade em nome de uma economia de guerra.
Israel mantém seus ataques a Gaza, desde outubro de 2023, sob o subsídio bilionário dos Estados Unidos, apesar de apelos internacionais por um embargo de armas que cesse os crimes da ocupação na Palestina.
Países como Brasil, a despeito de críticas e pressão interna, mantêm ainda envio de bens energéticos, como petróleo e derivados, a Israel, utilizados para abastecer seus aviões de guerra, para além de importações militares.
Ativistas e analistas notam que um boicote global deve incorrer no fim do genocídio, para além de pressão para que Israel efetivamente dê fim ao regime de apartheid e ocupação ilegal em terras palestinas.
Em Gaza, são 43 mil mortos, 99 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob destruição generalizada da infraestrutura civil e cerco absoluto — sem comida, água, combustível ou medicamentos.
Israel segue em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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