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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel matou deliberadamente 12 civis de uma mesma família, confirma ong europeia

Palestinos velam familiares, após ataques israelenses, no Hospital Nasser, em Khan Younis, Gaza, em 20 de outubro de 2024 [Hani Alshaer/Agência Anadolu]
Palestinos velam familiares, após ataques israelenses, no Hospital Nasser, em Khan Younis, Gaza, em 20 de outubro de 2024 [Hani Alshaer/Agência Anadolu]

O Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo confirmou que Israel matou 12 civis de uma mesma família — incluindo cinco mulheres e quatro crianças — deliberadamente, ao conduzir um bombardeio preciso e direto, na Faixa de Gaza.

Segundo a ong, com sede em Genebra, em comunicado: “Nossa investigação revelou que o exército israelense matou deliberadamente 12 civis de uma única família durante o seu deslocamento, sem qualquer necessidade ou justificativa”.

“A equipe de campo do Monitor Euromediterrâneo investigou um clipe que circulou entre os ativistas nas redes sociais, mostrando um grupo de pessoas, entre os quais mulheres e crianças, deitados próximos de uma carroça na Cidade de Gaza”, relatou a nota. “Nossas investigações levaram à identificação das vítimas: civis da família Abu al-Ain, alvejados de forma direta por dois mísseis disparados por drones de Israel, em uma área sem qualquer confronto”.

“Cerca de duas horas após o bombardeio, os feridos e nove dos mortos foram levados ao Hospital al-Shifa, no oeste de Gaza, em carroças puxadas por animais e um veículo civil, e então sepultados com outros deslocados no hospital, em uma vala comum adjacente ao portão leste do complexo médico”, acrescentou a ong.

“O restante foi enterrado no cemitério Sidra, no bairro de Daraj, na região leste da Cidade de Gaza. Em 7 de maio, quatro corpos dos nove membros da família foram exumados da vala comum no pátio de al-Shifa, para serem sepultados novamente em Sidra. O restante das vítimas, no entanto, não foi encontrado”.

“Nossas investigações confirmam que não houve justificativa ou demanda para atacar a família supracitada e que não havia qualquer atividade militar na área”, concluiu o Monitor Euromediterrâneo. “Portanto, foram submetidos a assassinato deliberado no contexto do genocídio em curso conduzido por Israel”.

A família Abu al-Ain se soma a um total de 42 mil mortos — além de 99 mil feridos, dez mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados — pelas ações de Israel, no período de um ano. Entre as fatalidades, 16.700 são crianças.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

LEIA: ‘Genocídio em curso’: Em 17 dias, Israel mata 640 pessoas no norte de Gaza

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