A Sala de Operações Conjunta dos movimentos palestinos condenou neste domingo (20) o papel de certas emissoras árabes em assumir ou transmitir narrativas a serviço de uma à agenda da ocupação israelense para demonizar o direito à resistência do povo palestino e seus apoiadores internacionais.
“Cedes aos criminosos de guerra israelenses e a detratores árabes da resistência o tempo e o espaço para promover suas mentiras e censurar as vozes que expressão a consciência livre dos povos árabes é uma facada nas costas nos povos palestino e libanês, que lutam por sua dignidade e liberdade, e serve apenas em favor do genocídio contra eles”, reiterou o comitê em nota, segundo a agência Safa.
Para as organizações, é “vergonhoso e doloroso” que alguns canais árabes digam adotar a neutralidade diante de “massacres sem paralelo na história moderna, conduzidos por Tel Aviv em terras árabes, contra os povos do Líbano e da Palestina”.
Em contrapartida, a Sala de Operações elogiou o profissionalismo de canais por satélite que mantêm o compromisso em cobrir e relatar os fatos em campo, ao dar voz às vítimas do genocídio em curso e distinguir “amigos e inimigos”.
Após um ano, os ataques israelenses a Gaza — com 43 mil mortos e 99 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados — seguiram ao Líbano, incluindo uma invasão por terra, até então contida por ações do grupo Hezbollah.
As ações de Israel assumem como prerrogativa uma campanha de propaganda de guerra, desinformação e desumanização difundida na imprensa internacional.
De acordo com a jurisprudência internacional, redes de imprensa que porventura incitem ou promovam crimes de genocídio podem ser condenadas como cúmplices.
Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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