Chefe de Direitos Humanos da ONU se diz chocado com ataque israelense a hospital de Beirute

O chefe de direitos humanos da ONU expressou ontem preocupação com um ataque aéreo israelense perto do Hospital Universitário Rafik Hariri na capital libanesa Beirute, dizendo que a proteção de civis “deve ser a prioridade máxima absoluta”.

Em uma declaração, Volker Turk disse que ficou chocado com o ataque mortal de segunda-feira, que supostamente matou pelo menos 18 pessoas, incluindo quatro crianças, e reiterou que os princípios fundamentais do direito internacional humanitário relativos à proteção de civis devem ser respeitados.

Ele observou que o hospital, uma das principais instalações médicas em Beirute, que recebeu um grande número de pacientes desde que Israel começou a bombardear o Líbano, também parece ter sido danificado no ataque.

“Na condução de operações militares, todas as precauções viáveis ​​devem ser tomadas para evitar, e em qualquer caso minimizar, perdas acidentais de vidas civis, ferimentos a civis e danos a objetos civis”, enfatizou Turk.

LEIA: Imprensa visita hospital de Beirute e não encontra bunker do Hezbollah

Ele disse que hospitais, ambulâncias e pessoal médico são especificamente protegidos pelo direito internacional humanitário por causa de sua função de salvar vidas de feridos e doentes.

“Ao conduzir operações militares nas proximidades de hospitais, as partes em conflito devem avaliar o impacto esperado nos serviços de saúde em relação aos princípios de proporcionalidade e precauções.

“Quaisquer incidentes que afetem hospitais devem ser submetidos a uma investigação rápida e completa”, acrescentou.

Turk também reiterou o apelo da ONU por uma cessação imediata das hostilidades e lembrou a todas as partes que a proteção de civis deve ser a prioridade máxima absoluta.

Sair da versão mobile