A Universidade de Milão, na Itália, suspendeu seus acordos de cooperação científica com a Universidade Reichman de Israel, em vitória ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o apartheid na Palestina ocupada.
A decisão foi confirmada pela imprensa, ao mencionar a União dos Estudantes de Milão e o Movimento da Juventude Palestina, que atua nas instituições do país.
A decisão por pressão de estudantes e professores, sobretudo nos últimos meses.
Recentemente, a Universidade de Milão também suspendeu relações com a Universidade Ariel de Israel.
Em meados de maio, estudantes realizaram um protesto sit-in no campus italiano contra os ataques israelenses a Gaza e a cooperação da instituição com universidades, firmas e negócios no Estado ocupante.
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A medida se soma à crise sem precedentes enfrentada por Israel em escala internacional, no contexto do genocídio em Gaza, com 43 mil mortos e 100 mil feridos em um ano, além de dois milhões de desabrigados.
Estudantes em todo o mundo — com epicentro em Columbia, em Nova York — conduzem protestos e acampamentos em solidariedade a Gaza e por boicote acadêmico a Israel, ao acatar aos apelos da sociedade civil palestina nos moldes da luta antiapartheid da África do Sul.
Protestos chegaram ainda à Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outras instituições no Brasil, para que cessem acordos com Israel, devido a seus crimes de guerra e lesa-humanidade.
Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.