O Ministério da Saúde de Gaza confirmou nesta quinta-feira (24) que diversos de seus funcionários — isto é, trabalhadores da área de saúde — foram feridos por fortes bombardeios e artilharia de Israel na região central do enclave sitiado.
Um projétil atingiu um veículo que transportava funcionários da pasta na região de al-Zawayda, ferindo trabalhadores, declarou o ministério em nota.
Um funcionário, em condição de anonimato, informou que o veículo foi atingido por um “estilhaço”, após disparos de Israel.
Ataques israelenses a infraestrutura e profissionais de saúde em Gaza — entre outras categorias protegidas, como jornalistas e funcionários das Nações Unidas — tornaram-se comuns ao longo do último ano.
Um médico disse ao correspondente do MEMO em Gaza que, para escapar dos ataques, se viu forçado a omitir seu trabalho, à medida que as tropas ocupantes abordavam especificamente cirurgiões em uma de suas incursões a hospitais e clínicas.
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“Ou eles nos matam ou nos prendem”, destacou o dr. Ahmed al-Mughrabi, ex-diretor do Departamento de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital Nasser, em Khan Younis, ao notar que o paradeiro de muitos colegas permanece desconhecido.
Em Gaza, são mais de 42.800 mortos, dentre os quais, 16.700 crianças, além de mais de cem mil feridos e dois milhões de desabrigados sob os ataques israelenses que seguem há um ano.
Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de ordens cautelares por fluxo humanitário deferidas pelo Tribunal Internacional de Justiça, onde o Estado ocupante é réu por genocídio desde janeiro.
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