Após três semanas, exército de Israel não consegue ganhar terreno no sul do Líbano

O exército israelense mantém operações por terra no sul do Líbano há três semanas, mas suas ações não têm avançado a nenhum de seus objetivos, tampouco terreno, até então, reportou a agência de notícias Anadolu.

Daniel Hagari, porta-voz do exército ocupante, anunciou em 30 de setembro o começo do que descreveu como “operações intensas, porém limitadas”, com suposto alvo em bases e infraestrutura do grupo libanês Hezbollah.

Dezenas de milhares de soldados de cinco divisões foram então incumbidos dos esforços para penetrar no Líbano a partir de três eixos — contudo, sem sucesso.

Segundo oficiais libaneses, os batalhões israelenses falharam em asseguram controle de quaisquer áreas no Estado levantino. Najib Mikati, primeiro-ministro do Líbano, chegou a afirmar que Israel mantém ataques do tipo “bater e correr” nas aldeias de fronteira.

“Israel não conquistou o controle de sequer uma aldeia e temos resistência suficiente em todas as linhas de vanguarda”, reiterou Hassan Fadlallah, membro do parlamento libanês ligado ao Hezbollah.

Diante dos reveses, Tel Aviv preferiu manter sigilo sobre as operações no Líbano, incluindo relatórios limitados referentes às baixas em combate, que somam dezenas de soldados, tanques e drones em menos de um mês.

Frentes de batalha

Soldados da ocupação israelense continuam a travar confrontos com forças do Hezbollah libanês em diversos fronts.

No leste, a campanha se concentra em Rab Selis, Al-Adisa, Al-Tayibe e Kafr Kila; na região central, em Yaroun, Marun Al-Ras, Blida, Mays Al-Jabal e Ita Al-Shaab; e no oeste libanês,, em Nakura, Al-Labouneh and Ramyeh.

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O Hezbollah confirmou que o primeiro embate na fronteira ocorreu em 2 de outubro deste ano, na aldeia de Al-Adisa, onde forças israelenses foram repelidas. Desde então, o grupo libanês reporta danos a veículos militares de Israel e baixas do lado inimigo.

Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (23) pela sala de operações do Hezbollah, são mais de 70 soldados israelenses mortos no breve período, além de 600 feridos.

Entre os equipamentos destruídos, estão 28 tanques Merkava, quatro tratores, um veículo blindado e uma van de transporte. Ao menos quatro drones foram abatidos.

Israel corroborou 50 mortes, incluindo 20 soldados dentro do Líbano desde a deflagração de sua invasão.

Os confrontos sucederam um ano de tensões e trocas de disparos através da fronteira, no contexto do genocídio israelense em Gaza, com mais de 42.800 mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados até então.

No Líbano, são 2.500 mortos, 12 mil feridos e 1.35 milhão de deslocados à força, segundo autoridades em Beirute.

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Neste entremeio, sucessivas agressões israelenses às tropas de paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) atraíram condenação internacional.

As ações de Israel seguem em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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