O movimento libanês Hezbollah confirmou a morte de seu líder do Conselho Executivo — isto é, seu gabinete político —, Sayyed Hashem Safieddine, no que denunciou como “um ataque criminoso sionista”.
As informações são da rede de notícias Quds Press.
A confirmação do óbito se deu nesta quarta-feira (23), pouco menos de um mês depois de Israel assassinar Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah e primo de Safieddine, em um bombardeio aos subúrbios de Beirute.
O Hezbollah lamentou seu falecimento ao descrevê-lo como um “defensor de Deus; líder, pioneiro e mártir; justo e devoto”.
O comunicado do Hezbollah enfatizou que Safieddine comandou por muitos anos o ramo político do Hezbollah, com suas diversas instituições, e prometeu seguir seu caminho de resistência até “a liberdade e a vitória”.
Safieddine foi morto junto de 23 correligionários, incluindo Hussein Ali Hazeima, suposto chefe de inteligência do Hezbollah, na periferia sul de Beirute.
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Segundo a imprensa libanesa, o incidente ocorreu há três semanas.
Safieddine era cotado como provável novo líder do Hezbollah.
Apesar dos reiterados assassinatos políticos conduzidos por Israel, em paralelo à invasão ao Líbano, as forças ocupantes têm dificuldades de superar a resistência e ganhar terreno no território levantino.
Segundo o Hezbollah, o exército israelense soma 70 mortos e 600 feridos em apenas três semanas, além de dezenas de equipamentos destruídos.
Israel intensificou ações contra o Líbano no final de setembro, após conduzir uma série de ataques terroristas que explodiu pagers e walkie-talkies nas ruas do país.
Desde então, as forças coloniais executam bombardeios intensos a áreas civis, ao ecoar seu genocídio em Gaza, em curso há um ano, com 42.800 mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados — a maioria, mulheres e crianças.
No Líbano, são 2.500 mortos, 12 mil feridos e 1.35 milhão de deslocados à força, segundo autoridades em Beirute.
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As ações de Israel seguem em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.