Oficiais iranianos reportaram instruções do Supremo Líder, aiatolá ali Khamenei, para que a Guarda Revolucionária, unidade de elite do exército, desenvolva planos para responder aos ataques de Israel.
Segundo fontes da imprensa nos Estados Unidos, a magnitude da reação iraniana, após a onda de ataques aéreos israelenses na madrugada de sábado (26), contra Teerã e outras cidades, será proporcional aos danos infringidos.
Duas fontes da Guarda Revolucionária relataram planos em consideração que incluiriam mil mísseis balísticos lançados a Israel, segundo a agência russa Sputnik.
A bateria seria cinco vezes maior do que os disparos de 1º de outubro, horas após Tel Aviv deflagrar sua invasão por terra ao Líbano.
Conforme as fontes, caso a agressão não resulte em grandes danos ou perdas humanas, restritos a algumas bases militares e arsenais, a reação pode ser limitada.
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As fontes, no entanto, observaram que, caso Israel bombardeia infraestrutura de petróleo, energia ou instalações nucleares, ou caso incorre no assassinato de lideranças iranianas, a retaliação será “severa”.
Conforme relatos, a resposta pode se dar ainda por meio de intensificação das operações de grupos aliados na região — como o Hezbollah no Líbano ou os houthis no Iêmen.
Os oficiais ressaltaram que suas tropas estão em alerta máximo, com defesas aéreas em torno de bases militares e atômicas reforçadas há semanas, em antecipação dos ataques de Israel.
Apesar das apreensões internacionais, o regime iraniano minimizou os danos, ao retomar as operações em seus aeroportos pouco depois dos ataques.
Teerã, contudo, confirmou dois soldados mortos.
A escalada sucede um ano de genocídio israelense em Gaza, com 42.847 mortos e mais de cem mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco militar — sem água, comida, remédios ou combustível. Entre as vítimas fatais, 16.700 são crianças.
As ações de Israel se intensificam em desacato a resoluções por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio desde 27 de janeiro.
No fim de setembro, Tel Aviv intensificou suas agressões ao Líbano, a partir de atentados terroristas, atribuídos ao Mossad, que detonaram aparelhos de comunicação — pagers e walkie-talkies — nas ruas do país.
Israel dispara contra zonas de influência do Irã há um ano, a fim de “dissuadir” o bloco de intervir em favor do enclave palestino. Os fronts ofensivos de Tel Aviv incluem Cisjordânia, Gaza, Líbano, Iêmen, Síria e também Iraque.
Analistas alertam que apenas um cessar-fogo em Gaza — então, no Líbano — pode evitar uma deflagração regional e, eventualmente, internacional.
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