A África do Sul deve apresentar um memorial detalhado contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) na segunda-feira, com o objetivo de substanciar seu caso de que Israel está cometendo genocídio na Palestina, fontes diplomáticas confirmaram à Anadolu no domingo, relata a Agência Anadolu.
Uma fonte diplomática sul-africana disse à Anadolu, solicitando anonimato, pois não estava autorizada a falar com a mídia, que o memorial será arquivado na segunda-feira.
O Ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, disse ao site de notícias Daily Maverick que o memorial contém mais evidências, em “detalhes forenses”, para mostrar que “este não é apenas um caso plausível de genocídio, mas de fato é genocídio”.
O relatório diz que, uma vez que um memorial é arquivado, o réu (neste caso, Israel) deve apresentar um contra-memorial até 28 de julho do ano que vem.
A África do Sul entrou com o caso de genocídio contra Israel no tribunal sediado em Haia no final de 2023, dizendo que Israel, que bombardeou Gaza desde outubro passado, não cumpriu seus compromissos sob a Convenção do Genocídio de 1948.
Vários países, incluindo Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia, aderiram ao caso, que começou as audiências públicas em janeiro.
O tribunal superior ordenou em maio que Israel interrompesse sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Foi a terceira vez que o painel de 15 juízes emitiu ordens preliminares buscando controlar o número de mortos e aliviar o sofrimento humanitário no enclave bloqueado, onde o número de vítimas ultrapassou 44.000.
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