Egito propõe cessar-fogo de dois dias em Gaza para alguma troca de reféns

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, no Palácio Ittihadiye no Cairo, Egito, em 14 de fevereiro de 2024 [Utku Ucrak/Anadolu via Getty Images]

O Egito propôs um cessar-fogo em Gaza para facilitar uma potencial troca de reféns e prisioneiros, visando construir uma trégua de longo prazo, anunciou o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi no domingo, relata a Agência Anadolu.

“Propusemos um cessar-fogo na Faixa de Gaza por dois dias para trocar quatro reféns (israelenses) por alguns prisioneiros (palestinos), e então as negociações ocorrerão ao longo de dez dias para transformar o cessar-fogo em uma trégua permanente”, disse Al-Sisi durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente argelino Abdelmadjid Tebboune no Cairo.

O presidente argelino expressou forte apoio à iniciativa do Egito, apoiando os esforços de Al-Sisi para estabelecer a calma no enclave palestino.

Israel estima que cerca de 101 de seus cidadãos ainda estejam presos pelo grupo Hamas em Gaza, com preocupações de que alguns já possam ter sido mortos nos ataques aéreos indiscriminados de Israel na área densamente povoada.

Os esforços liderados pelos EUA, Egito e Catar para garantir um cessar-fogo e facilitar uma troca de prisioneiros entre Israel e Hamas estagnaram até agora, com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se recusando a considerar o fim do conflito.

O exército israelense continuou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza desde um ataque do Hamas no ano passado, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigindo um cessar-fogo imediato.

Quase 43.000 pessoas foram mortas desde então, a maioria mulheres e crianças, e mais de 100.000 outras ficaram feridas, de acordo com autoridades de saúde locais.

O ataque israelense deslocou quase toda a população do território em meio a um bloqueio contínuo que levou a uma grave escassez de alimentos, água limpa e medicamentos.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por suas ações em Gaza.

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