Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel sabota vacinação contra pólio em Gaza, alertam palestinos

Crianças palestinas recebem dose da vacina contra poliomielite em uma clínica da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), em Deir al-Balah, Gaza, em 14 de outubro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

O Ministério da Saúde da Palestina acusou Israel de sabotar a campanha de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, incluindo ao “impedir equipes de chegar ao norte e impor obstáculos à implementação dos esforços na Cidade de Gaza”.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (28), a pasta reiterou que a campanha de vacinação está em risco, “o que quer dizer a continuidade da existência da pólio em Gaza, que não apenas ameaça o enclave, mas toda a região”.

O ministério disse buscar maneiras de transpor os obstáculos impostos por Israel.

No domingo (27), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, notou que o adiamento por período indefinido da imunização no norte de Gaza representa uma preocupação em particular, ao pôr milhares de crianças em risco.

LEIA: Resta apenas um médico no norte de Gaza, sob massacres de Israel

A campanha de vacinação contra a pólio deveria seguir à segunda e última dose na região norte, após passar pelas áreas sul e central do enclave.

Na semana passada, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das realizadoras, confirmou a suspensão da etapa devido aos intensos ataques de Israel que devastaram novamente o acesso à saúde para os palestinos locais.

A primeira rodada da vacinação foi implementada entre 1º e 12 de setembro, sob tréguas de três dias cada no centro, sul e norte de Gaza, atingindo 95% do público-alvo. A segunda fase segue a estratégia; contudo, sem a adesão de Israel.

A campanha foi acordada após um primeiro caso sintomático da doença em 25 anos, em um bebê de apenas dez meses de idade.

A cobertura vacinal contra pólio nos territórios palestinos é notavelmente alta, com 99% em 2022 — no entanto, registrou queda a 89% no final de 2023, no contexto dos bombardeios israelenses a Gaza, com 43 mil mortos e cem mil feridos.

Casos de hepatite A, difteria e gastroenterite também atingem a população.

Os avanços de Israel seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments