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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Netanyahu teme ataques a drone ao parlamento de Israel, apontam relatos

Knesset, parlamento de Israel, em Jerusalém ocupada [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teme que um ataque a drone atinja o prédio do Knesset, o parlamento israelense, em Jerusalém ocupada, reportou a imprensa local, segundo informações da agência Anadolu.

“Netanyahu tem medo de drones e seus medos aumentaram”, afirmou a rádio militar Kan nesta segunda-feira (28), ao notar que Tel Aviv antecipa uma resposta iraniana ao ataque israelense de sexta-feira (25) contra Teerã e outras cidades no país.

Segundo a reportagem, durante encontro a portas fechadas, nesta segunda, questionou o premiê: “Para onde eles iriam se ataques a drone chegassem ao Knesset? O que eu mais temo são os drones. Diante dos mísseis, temos bons sistemas de defesa. Eu não entendo por que o Knesset continua em um lugar só e não se reúne em algum outro lugar”.

O gabinete de Netanyahu não comentou a reportagem.

O gabinete israelense não realizou sua reunião semanal, como de costume, no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém, mas sim em bunker subterrâneo.

No domingo (27), o Canal 12 reportou que Netanyahu pediu dois milhões de shekels — ou US$530 mil — do orçamento do Estado para fortificar sua residência privada em Cesareia, após ser atingida por um drone do Hezbollah no fim de semana anterior.

LEIA: Netanyahu pede meio milhão para fortificar a própria casa, após ataque libanês

Netanyahu é responsável pelo genocídio em Gaza e pela invasão no Líbano, denunciados internacionalmente no decorrer do último ano.

Netanyahu é também o mandante de assassinatos de lideranças regionais, como o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerã; o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em setembro, em Beirute; e o sucessor de Haniyeh, Yahya Sinwar, na semana retrasada, em Gaza.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro de 2023, com mais de 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados. Dentre as fatalidades, ao menos 16.700 são crianças.

Em meados de setembro, Israel avançou então ao Líbano, a partir de atentados terroristas atribuídos ao Mossad que explodiram pagers e walkie-talkies nas ruas do país.

Em 1º de outubro, após um ano de troca de disparos transfronteiriços com o Hezbollah, o regime em Tel Aviv deflagrou também sua invasão por terra ao Líbano, embora contida até então pela resistência no país.

LEIA: Após três semanas, exército de Israel não consegue ganhar terreno no sul do Líbano

Conforme analistas, Netanyahu almeja uma guerra em escala regional em causa própria, à medida que preserva sua vida política, impede o colapso de seu governo extremista e posterga, portanto, seu julgamento por corrupção em três casos distintos.

As ações de Tel Aviv seguem em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Israel é réu por genocídio desde janeiro.

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