O exército da ocupação israelense instruiu a evacuação de civis da cidade de Baalbek, no leste do Líbano, como prerrogativa a bombardeios indiscriminados, ao repetir seu modus operandi adotado em Gaza.
Avichay Adraee, porta-voz militar, declarou na rede social X (Twitter), que os residentes de Baalbek e das aldeias vizinhas de Ain Bourday e Douris devem deixar a área por meio das rotas estabelecidas pelo exército ocupante.
Adraee confirmou ameaças de “operações” na região contra supostos recursos do grupo libanês Hezbollah.
Baalbek é um importante centro urbano na região libanesa do Vale do Bekaa, célebre por suas ruínas romanas — Patrimônio Mundial da Unesco. Cerca de cem mil pessoas vivem na região, potencialmente desabrigadas pelos ataques.
Ataques aéreos israelenses, mais cedo, destruíram sítios históricos também em Douris.
As ações parecem reincidir crimes de genocídio e memoricídio em Gaza — onde 43 mil pessoas foram mortas e outras cem mil feridas, além de dois milhões de desabrigadas, no período de um ano.
Em outubro deste ano, Israel deflagrou ainda uma invasão por terra ao Líbano, que incitou resposta do Irã, com uma bateria de foguetes horas depois no dia 1º.
Na sexta-feira (26), Israel lançou sua tréplica a Teerã, ao alimentar novamente apreensões de propagação da guerra a uma escala regional.
As ações israelenses seguem em violação de resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Tel Aviv é réu por genocídio desde janeiro.