Arábia Saudita diz que não há normalização com Israel antes do estabelecimento do Estado palestino

O Reino da Arábia Saudita descartou na quarta-feira a normalização das suas relações com Israel antes do estabelecimento de um Estado palestino e, ao mesmo tempo, comprometeu-se a mobilizar a opinião pública internacional contra as violações do estado de ocupação contra os palestinos. O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal Bin Farhan, disse que o estabelecimento de um Estado palestino é a condição do Reino para avançar com a normalização com Israel e enfatizou a rejeição de seu país ao genocídio cometido pelo exército israelense.

O canal saudita Al-Ekhbariya citou Bin Farhan dizendo que Riad mobilizará a opinião pública internacional contra as ações de Israel contra o povo palestino. Isto coincidiu com um apelo feito pela Arábia Saudita na terça-feira para a realização de uma cimeira árabe e islâmica em Riade, no dia 11 de Novembro, para discutir a ofensiva israelita em curso contra a Palestina e o Líbano.

De acordo com a Agência de Imprensa Saudita (SPA), o governo de Riade “reitera a sua condenação e denúncia dos crimes e violações em curso contra o povo palestino por parte das forças de ocupação israelitas, e dos ataques e violações israelitas contra os nossos irmãos libaneses”.

A primeira reunião da Aliança Global para a Implementação da Solução de Dois Estados lançada pela Arábia Saudita foi inaugurada terça-feira, com o objetivo de exercer pressão para o estabelecimento de um Estado palestino, segundo meios de comunicação oficiais. O ministro das Relações Exteriores saudita anunciou a aliança na Assembleia Geral da ONU em setembro, destacando que inclui países árabes, islâmicos e europeus.

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No seu discurso durante a abertura da assembleia, Bin Farhan insistiu que a escalada da violência e das violações israelitas na Palestina e no Líbano, além da expansão do conflito a nível regional, exige que a comunidade internacional tome uma posição firme para acabar com as violações que minar as possibilidades da solução de dois Estados e impulsionar mais instabilidade.

Salientou também a necessidade de um cessar-fogo imediato e do fim da política de impunidade, ao mesmo tempo que afirmou o apoio do Reino à UNRWA e o seu papel vital na prestação de ajuda humanitária, tendo em conta os desafios que enfrenta nos territórios palestinos ocupados.

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