Israel intensifica violações contra mulheres palestinas em suas cadeias

Ônibus prisionais de Israel transportam reféns palestinos, em 16 de outubro de 2011 [Lior Mizrahi/Getty Images]

O Serviço Penitenciário de Israel (SPI) impôs novas formas de punição coletiva e violência repressiva contra mulheres palestinas mantidas em suas cadeias, ao privá-las de direitos básicos como roupas, alimentos e cuidados médicos, reportou o Comitê de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-Prisioneiros Palestinos, organização que monitora a matéria.

Em comunicado emitido neste domingo (3), o órgão notou que seus advogados realizaram visitas a 95 mulheres detidas pela ocupação israelense, que lhes relataram os “horrores” vivenciados em custódia, sobretudo no contexto do genocídio em Gaza, há um ano.

“A gestão prisional de Israel isolou completamente as mulheres encarceradas do restante do mundo, ao expô-las a tratamento degradante contínuo, como revistas íntimas, abusos morais e espancamento”, destacou a nota.

Segundo as informações, a maioria das prisioneiras em questão foram abduzidas desde 7 de outubro de 2023, mantidas em detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação por tempo indeterminado; reféns, por definição.

Desde a deflagração do genocídio em Gaza, como parte dos esforços de punição coletiva e limpeza étnica contra o povo nativo, Israel intensificou suas políticas repressivas contra os palestinos em suas cadeias, incluindo mesmo denúncias de violência sexual.

Em Gaza, são 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados em um ano, além de dezenas de milhares de desaparecidos, entre os escombros e capturados por Tel Aviv, levados a campos de concentração em localidades desconhecidas.

Na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, Israel conduziu ainda uma campanha de prisão de massa, ao dobrar a população carcerária palestina, chegando a 11.500 detidos, entre os quais, mulheres, crianças e idosos.

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