Uma fonte militar israelense confirmou que Tel Aviv está em alerta máximo diante de uma eventual resposta do Irã aos ataques de 26 de outubro, possivelmente antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 5 de novembro.
Nesta terça-feira (5), cidadãos americanos vão às urnas para escolher entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente da gestão de Joe Biden — ambos favoráveis às ações de Israel em Gaza, Líbano e região.
Segundo a rede de notícias CNN, uma fonte militar notou que Israel permanece no “mais alto nível de prontidão” frente a uma nova bateria de mísseis de Teerã. Na última semana, o aiatolá Ali Khamenei ordenou a preparação de planos para uma resposta.
A fonte corroborou a ideia de que os ataques israelenses, contra instalações de produção armada e defesas aéreas, “criaram um dilema a Teerã”, devido à escala dos danos.
Mais cedo, uma fonte iraniana confirmou planos para uma “resposta decisiva e dolorosa” a Israel — contudo, sem detalhes, como se ocorrerá antes ou depois do pleito americano, com eventual impacto às urnas.
A rede Axios citou duas fontes anônimas de Israel que sugeriram ter informações de que o Irã busca reagir a Tel Aviv via Iraque, ainda nos próximos dias.
Israel lançou ataques inéditos a Teerã e outras cidades no fim de outubro, como tréplica a disparos iranianos em 1º de outubro, horas após Tel Aviv invadir o Líbano, após um ano de troca de disparos com o grupo Hezbollah.
Trata-se apenas da segunda vez que o Irã atacou Israel — a primeira em abril, em resposta a um bombardeio israelense contra o consulado do país em Damasco, na Síria.
Segundo a rede Saberin, Mohammad Reza Naqdi, oficial sênior da Guarda Revolucionária, alertou para “ataques mais letais nos próximos dias”.
“Os sionistas serão surpreendidos por nossas novas ações e sofrerão, portanto, enormes derrotas”, acrescentou.
A escalada sucede um ano de genocídio israelense em Gaza, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados. Analistas e diplomatas advertem que apenas um cessar-fogo em Gaza pode impedir uma deflagração regional.