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Peritos exumam dezenas em cova coletiva na Líbia; operações continuam

Oficiais forenses conduzem escavações em cova coletiva em Tarhunah, na Líbia, em 7 de novembro de 2020 [Mücahit Aydemir/Agência Anadolu]
Oficiais forenses conduzem escavações em cova coletiva em Tarhunah, na Líbia, em 7 de novembro de 2020 [Mücahit Aydemir/Agência Anadolu]

O número de corpos encontrados em covas coletivas em Trípoli, capital da Líbia, datadas da repressão do regime aos protestos populares de 2011, chegou a 73 vítimas, reportaram fontes locais, segundo informações da agência Anadolu.

Em nota, a Autoridade de Busca e Identificação de Pessoas Desaparecidas confirmou que as escavações seguem na região de Bir al-Esta, no distrito de Tajoura.

Nas últimas 48 horas, vinte e sete corpos foram exumados, de um total de 73 corpos.

Em 1º de novembro, a seção do governo em Trípoli anunciou a exumação de 46 corpos de valas comuns em Bir al-Esta.

Em fevereiro de 2011, a Primavera Árabe — deflagrada na Tunísia — chegou à Líbia, contra a ditadura de Muammar Gaddafi. Milícias governistas, no entanto, abriram fogo contra as manifestações. Em Trípoli e Benghazi, dezenas de civis foram mortos.

Gaddafi, mais tarde, fugiu a Sirte, onde foi capturado e morto por cidadãos revoltados.

A Líbia, contudo, recaiu em tumulto, após uma intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), culminando na conjuntura atual, com dois governos distintos que disputam o poder e os recursos do país.

Ao longo da década, diversas covas coletivas foram encontradas.

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