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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel rejeita todas as propostas de cessar-fogo, lamenta premiê libanês

Primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, durante conferência em Paris, em 24 de outubro de 2024 [Ümit Dönmez/Agência Anadolu]

Israel rejeitou todas as propostas de cessar-fogo no Líbano, lamentou nesta segunda-feira (4) o primeiro-ministro interino, Najib Mikati, reportou a agência Anadolu.

“Em um momento em que as nações que defendem a humanidade e os direitos humanos deveriam exercer máxima pressão para que Israel cesse as hostilidades, sua inação é algo profundamente preocupante”, declarou Mikati em nota.

Segundo o premiê, Israel negou todas as ofertas, apesar de o governo libanês reiterar seu compromisso para com a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que estabelece uma zona desmilitarizada na região de fronteira.

“Renovamos nosso apelo para que pressionem Israel para dar fim a sua agressão, a fim de que tenhamos meios de implementar a Resolução 1701 da maneira como foi aprovada — sem quaisquer adendos ou supostas interpretações”, acrescentou Mikati.

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A Resolução 1701, adotada em 11 de agosto de 2006, encerrou a então guerra entre Israel e Hezbollah — com derrota tática para o Estado ocupante —, ao prever uma zona neutra entre a chamada Linha Azul (fronteira) e o rio Litani.

As únicas exceções são tropas de paz das Nações Unidas (Unifil); contudo, atacadas por Israel desde a escalada, em meados de setembro.

Segundo Mikati, é fundamental garantir que Israel “poupe civis, médicos e ambulâncias”, conforme a lei internacional.

Mikati notou emitir uma mensagem aos embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança sobre o deslocamento à força de aldeias inteiras sob as ações israelenses, incluindo em Baalbek e Tiro, além da destruição de monumentos históricos e patrimônios mundiais.

Israel intensificou seus bombardeios ao Estado levantino em meados de setembro, após uma série de atentados terroristas — atribuídos ao Mossad — explodirem pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas.

A escalada sucede um ano de troca de disparos transfronteiriços entre Hezbollah e Israel, no contexto do genocídio israelense em Gaza, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Em 1º de outubro, Israel deflagrou também uma invasão por terra ao sul do Líbano, porém sem quaisquer avanços até então.

No Líbano, são quase três mil mortos e 13.300 feridos, além de 1.3 milhão de deslocados à força. Há receios de que as violações em Gaza se repitam no país, incluindo genocídio e punição coletiva.

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