Mais de 1.500 palestinos foram mortos pela ofensiva israelense, ainda em curso, no norte de Gaza, desde o início de outubro, confirmaram dados técnicos do Ministério da Saúde palestino nesta quinta-feira (7), segundo informações da agência Anadolu.
“O exército israelense matou mais de 1.500 palestinos em suas ações recentes na região norte”, declarou Munir al-Bursh, diretor-geral do Ministério. “O exército ocupante continua a cometer massacres e atacar abrigos e civis, causando fatalidades sob uma situação de colapso do sistema de saúde”.
Mais cedo, Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan — duramente alvejado pelas recentes operações israelenses —, na cidade de Beit Lahiya, observou que o centro médico mal opera, com recursos limitados em meio a sucessivos massacres.
Israel alegou atacar o norte para impedir que o combatentes do Hamas se reagrupem. No entanto, analistas apontam para evidências e declarações de dolo em anexar e reocupar ilegalmente o território, mediante limpeza étnica de sua população.
As ações israelenses em Gaza deixaram 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados em 13 meses, e seguem em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Israel é réu por genocídio desde janeiro.
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