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Cerco paramilitar a cidade do Sudão mata mais de 200, alertam médicos

Sudaneses deixam o estado de al-Jazira, rumo à cidade de Gedaref, em 2 de novembro de 2024 [AFP via Getty Images]

Os mortos em al-Hilaliya, cidade no estado de al-Jazira, no centro do Sudão, sob cerco do grupo conhecido como Forças de Suporte Rápido (FSR), excedeu 200 pessoas após duas semanas de cerco, reportou a agência Anadolu.

A coalizão paramilitar intensificou ataques à cidade em 25 de outubro, destacou em nota o Sindicato dos Médicos do Sudão, ao notar que as fatalidades incluem doenças, fome e tortura.

O sindicato reportou diversas carências no setor de saúde, devido ao cerco, que forçou os residentes a beber água contaminada, entre outras ações desesperadas, levando a surtos de doenças.

“As forças paramilitares sitiaram os residentes nas várias mesquitas [da cidade], sem que possam sair a menos que arquem com enormes quantias em resgate”, alertou a entidade.

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As Forças de Suporte Rápido não responderam às denúncias até então.

Desde meados de abril de 2023, as Forças Armadas sudanesas combatem seus antigos aliados no golpe de Estado de outubro de 2021, após divergências sobre a integração das tropas paramilitares ao contingente regular.

Ambos os lados são acusados de violações graves de direitos humanos.

O conflito deixou 200 mortos e quase dez milhões de deslocados à força, de acordo com índices das Nações Unidas. Apesar de apelos internacionais e alertas de fome, combates seguem em ao menos 13 dos 18 estados do Sudão.

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