A opinião pública israelenses está “profundamente” dividida pela guerra em curso contra as forças do grupo Hezbollah no sul do Líbano, além das consequências ao Estado após um ano de campanha militar em Gaza, revelou uma nova pesquisa, divulgada pelo jornal local Times of Israel.
A pesquisa, conduzida pelo Instituto Democracia em Israel, como parte do Índice Voz — Outubro de 2024, revelou que 46.5% dos israelenses creem que o governo têm de buscar uma solução diplomática com o Hezbollah, contra 46% que preferem os combates. Cerca de 7.5% não souberam responder.
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— Monitor do Oriente (@monitordoorient) November 11, 2024
Israel e Hezbollah se enfrentam no sul libanês, após um ano de troca de disparos através da fronteira no contexto do genocídio em Gaza, que resultou na evacuação de cerca de 60 mil colonos, para além de centenas de milhares de libaneses.
Em 1º de outubro deste ano, Israel deflagrou sua invasão por terra ao Líbano, como “nova fase” da guerra; contudo, após semanas de embates, não conseguiu capturar sequer uma aldeia, incitando receios sobre a continuidade do conflito.
A pesquisa revelou divergências notáveis entre judeus e os chamados árabe-israelenses, isto é, os palestinos ainda radicados nos territórios ocupados em 1948, durante a Nakba, ou “catástrofe”, com a criação de Israel via limpeza étnica planejada.
Entre os judeus, 54% apoiam a guerra e 38% apoiam a diplomacia, contra 6.55% e 88% — respectivamente — entre os palestinos.
Sobre Gaza, 62.5% dos judeus israelenses aprovam o genocídio em Gaza, sob pretexto de reduzir o suposto poderio do grupo Hamas; entre cidadãos árabe-israelenses, são ainda 21%, segundo a pesquisa.
Sobre o recente ataque israelense ao Irã, em tréplica a uma bateria de foguetes iranianos em 1º de outubro — mesmo dia da invasão ao Líbano —, cerca de 43.5% dos consultados descreveram a ação como “mais fraca do que o esperado”; 41% a viram como apropriada; e 3.5% disseram “forte demais”.
A campanha em Gaza tampouco trouxe benesses concretas ao Estado israelense, réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.