O Ministério das Finanças de Israel confirmou um déficit orçamentário, dentre outubro de 2023 e outubro de 2024, de 154 bilhões de shekels — ou US$41.6 bilhões —, equivalente ainda a 7.9% do produto interno bruto (PIB).
O período coincide com uma política de austeridade e economia de guerra adotada pelo governo israelense para travar seu genocídio em Gaza, seus pogroms na Cisjordânia e sua escalada de bombardeios no Líbano.
Até setembro deste ano, o déficit estava estimado em 8.5% do PIB — ou 165.8 bilhões de shekels (US$44.8 bilhões).
Para o ano de 2024, o departamento de pesquisa do Banco de Israel espera um déficit de 7.2% do PIB, embora o governo — sob pressão — prometa 6.6%.
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Israel se voltou mais de uma vez a credores internacionais para obter liquidez no objetivo de financiar seus custos de guerra e cobrir a degradação fiscal, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Os números se mostram particularmente drásticos diante da soma de US$17.9 bilhões de recursos enviados pelos Estados Unidos, como assistência militar, ao regime de Israel — que, portanto, viabilizam as operações hostis.
Neste entremeio, visto como um momento crítico, somado a apelos por boicote contra o apartheid israelense, o Estado colonial, contudo, registrou recordes de pobreza e mesmo evasão de colonos.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há 13 meses, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob absoluta destruição da infraestrutura.
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