Reserva israelense sofre queda no recrutamento, diante de nova escalada

Dados recentes divulgados pelo jornal em hebraico Yedioth Ahronoth corroboraram uma queda considerável nos índices de recrutamento para as forças reservistas do exército de Israel, com deserção de até 25% nos últimos meses.

A tendência se soma a preocupações de Tel Aviv à medida que expande seu genocídio em Gaza a operações hostis no Líbano, Irã, Síria, Iêmen e Iraque, com alertas de propagação regional. Para analistas, a carência de reservistas pode impactar decisões.

Os dados mostram que a taxa de recrutamento para as forças da reserva se aproximou de 100% no início da operação em Gaza, em outubro de 2023, mas com queda substancial a 75–85% após 13 meses, sem resoluções concretas ao conflito.

Segundo relatos, os números alarmaram a liderança militar, sobretudo nos fronts de Gaza e do Líbano, onde Israel mantém uma invasão por terra sem nenhuma conquista desde 1º de outubro, frente a resistência do grupo Hezbollah.

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Em Gaza, o genocídio israelense — com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados — falhou em reaver os prisioneiros de guerra ou aniquilar o Hamas, porém, engendrou uma crise diplomática e de relações públicas sem precedentes a Tel Aviv.

A reportagem atribuiu a queda à duração prolongada do conflito, diante de soldados cada vez mais desmotivados. Muitos reservistas querem ainda voltar a suas famílias e estudos, sobretudo por atraso de honorários devido à política de guerra adotada por Israel.

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