O Alto-Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos confirmou em relatório, divulgado nesta quarta-feira (13), que cerca de 14 mil mulheres grávidas no Líbano foram afetadas diretamente pela agressão israelense ao país.
Dentre as vítimas, reiterou o dossiê, em torno de 1.500 mulheres devem dar à luz logo nas próximas semanas.
Israel intensificou ataques ao Líbano em meados de setembro, após um ano de troca de disparos transfronteiriços com o grupo Hezbollah, paralelamente ao genocídio em Gaza, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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Em 1º de outubro, Israel deflagrou sua invasão por terra ao país ao norte — entretanto, até então, contida por forças do Hezbollah.
No Líbano, são 3.200 mortos e 14 mil feridos, sobretudo nos últimos 45 dias.
Segundo a Organização Internacional para a Migração (OIM), a agressão israelense impôs deslocamento interno a 880 mil pessoas no Líbano, além de 470 mil que fugiram à Síria — ainda em guerra civil.
Em resposta à crise, o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA) lançou um pedido por US$426 milhões em doações, com destino ao Líbano. Até então, no entanto, apenas um quarto foi assegurado.
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