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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Casas no norte de Gaza se tornaram túmulos às famílias, alerta médico

Palestinos fogem de Beit Hanoun, no norte de Gaza, sob bombardeios de Israel, em 12 de novembro de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]

Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, reafirmou nesta quarta-feira (13) que as residências dos palestinos comuns em toda a região se tornaram um túmulo para as famílias, à medida que Israel continua a bombardear civis.

Em comentários televisionados, Abu Safiya reiterou que civis feridos soterrados sob suas casas estão tragicamente fadados a morrer, pois não restam mais serviços de emergência para resgatá-los ou equipamentos adequados para lidar com os escombros.

“O que parte nossos corações é que ainda recebemos pedidos de socorro de pessoas sob os destroços — respirando, conversando, implorando para serem salvas”, comentou Abu Safiya. “Mas não conseguimos fazer nada devido à falta de recursos, e acabam morrendo dentro de dias, transformando os seus lares em suas sepulturas”.

O médico relatou ainda que soldados israelenses costumam disparar a esmo contra civis, sobretudo a caminho do Hospital Kamal Adwan, que vivenciou recentemente um cerco e e invasão pelas forças ocupantes.

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Na manhã desta quarta, reportou o médico, um ataque israelense nos portões de acesso do centro de saúde, matou ao menos seis e feriu outros 15.

“Estamos falando de dias e dias que foram de mal a pior, para todo o sistema de saúde no norte de Gaza”, acrescentou. “Não temos capacidades médicas e só conseguimos prover o mínimo do mínimo de nossos serviços”.

Abu Safiya exortou a comunidade internacional a enviar, com urgência, equipes médicas especializadas, além de ambulâncias e profissionais de defesa civil, à região.

A escalada israelense no norte sucede um ano de genocídio em Gaza, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — sem comida, água ou medicamentos.

As ações seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares por acesso humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Israel é réu por genocídio desde janeiro.

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