Israel bombardeia a Síria, deixa 15 mortos, segundo informações

Ao menos 15 pessoas foram mortas por bombardeios israelenses a edifícios residenciais em Damasco, nesta quinta-feira (14), informou a mídia local, após Tel Aviv alegar ataques a “bases militares” do grupo de Jihad Islâmica — no entanto, sem provas.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Os prédios alvejados se situavam nos subúrbios de Mazzeh e Qudsaya, ambos a oeste da capital síria, majoritariamente residenciais.

Israel mantém ataques à Síria — sob contínua guerra civil — há anos, porém escalou seus bombardeios esporádicos no contexto do genocídio em Gaza, em particular contra alvos ligados ao Irã.

Em abril, aviões israelenses atingiram o consulado iraniano em Damasco, levando a uma primeira represália da República islâmica, quinze dias depois, com uma bateria inédita de mísseis contra alvos militares em Tel Aviv.

Em 1º de outubro, horas após brigadas israelenses invadirem o Líbano, o exército iraniano voltou a reagir, ao citar um atentado na capital Teerã, atribuído a Tel Aviv, que resultou na morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Desde a deflagração em Gaza, além de avanços coloniais na Cisjordânia, Israel mantém ataques a Líbano, Síria, Iêmen, Irã e mesmo Iraque, em meio a alertas de propagação dos confrontos a uma escala regional.

No Líbano, após um ano de troca de disparos transfronteiriços com o grupo Hezbollah, Tel Aviv escalou ações a partir de ataques terroristas que detonaram pagers e walkie-talkies nas ruas do país.

Em Gaza, são 43.700 mortos e 103 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem comida, água ou medicamentos. No Líbano, são 3.200 mortos e 14 mil feridos, sobretudo nos últimos 45 dias.

As ações israelenses seguem em desacato de resoluções por cessar-fogo do Conselho de Segurança, além de medidas cautelares por desescalada e fluxo humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Israel é réu por genocídio desde janeiro.

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