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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Turquia corta todas as relações com Israel, diz Erdogan

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na cidade de Ancara, em 14 de outubro de 2024 [Mehmet Ali Özcan/Agência Anadolu]

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que seu governo rompeu todas as relações com o Estado de Israel, segundo informações da agência oficial Anadolu.

“Como nação e governo da República da Turquia, decidimos cortar os laços diplomáticos com Israel, e atualmente não temos qualquer relação com eles”, declarou Erdogan nesta quarta-feira (13) ao conversar com repórteres a bordo de seu avião presidencial.

“Nosso governo está determinado nesta decisão, em romper nossas relações com Israel, e manteremos, portanto, essa posição no futuro próximo”, observou.

O presidente reiterou que seu governo não pretende, neste momento, buscar medidas ou passos para restaurar ou melhor o relacionamento ou a cooperação com Israel.

O anúncio de Erdogan é particularmente notável após sua participação na Cúpula Árabe-Islâmica realizada em Riad, na Arábia Saudita, onde Estados da região e além se reuniram para debater o genocídio em Gaza e a agressão ao Líbano.

Segundo o presidente turco, os 52 países e as duas organizações presentes manifestaram apoio às iniciativas de sanções e embargo contra a ocupação, incluindo um embargo de armas, reivindicado nas Nações Unidas.

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“Recentemente emitidos uma carta formal por essa iniciativa à presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ao secretariado-geral do fórum”, notou Erdogan. “Em nossa cúpula em Riad, decidimos convidar todos os membros da Liga Árabe a subscrever a carta”.

Erdogan, em sua turnê ao exterior, passou também pelo Azerbaijão.

Não há informações da embaixada turca em Tel Aviv até então.

A Turquia estabeleceu um embargo comercial a Israel em maio, após meses de denúncias das violações em Gaza, mas manteve relações de diplomacia até então. A embaixada de Israel em Ancara, porém, permanece evacuada, sob alegações de segurança por parte da ocupação.

“Estendemos nossas mãos à Síria para a normalização”, comentou Erdogan, ao notar sua reaproximação com o regime de Bashar al-Assad, no território levantino, ainda em guerra civil, desde 2011.

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Erdogan destacou como imperativo “que a união do território sírio não esteja ameaçada, mas que Assad reconheça as demandas e tome as medidas necessárias para estabelecer um novo clima para sua nação”.

Neste sentido, acrescentou o presidente: “As ameaças de Israel a seus vizinhos, incluindo a Síria, não são mera imaginação”.

Sobre tensões na fronteira, advertiu: “Operações transfronteiriças em nome da segurança de nosso país continuam sobre a mesa e estamos preparados para iniciá-las a qualquer momento, caso nos sintamos ameaçados”.

Erdogan enfatizou ainda que seu governo fará “tudo em seu poder” para responsabilizar o premiê israelense Benjamin Netanyahu por seus crimes em Gaza e em toda a região. Seu governo interveio, neste ano, a favor do processo da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), deferido em janeiro.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há mais de um ano, com 43.700 mortos e 103 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob sítio absoluto — sem comida, água ou medicamentos.

No Líbano, são 3.200 mortos e 14 mil feridos, sobretudo nos últimos 45 dias.

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