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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Líder da oposição israelense pede sanções a judeus que recusem serviço militar

Ex-premiê e líder da oposição israelense Yair Lapid em 12 de junho de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]
Ex-premiê e líder da oposição israelense Yair Lapid em 12 de junho de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

O ex-primeiro-ministro e líder da oposição israelense, Yair Lapid, exigiu do governo de seu adversário Benjamin Netanyahu que imponha sanções fiscais e apreenda passaportes de judeus ultraortodoxos (haredim) que se recusem a servir ao exército.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“O recrutamento dos haredim é questão de valores — temos de alistá-los”, insistiu Lapid neste domingo (17) à rádio militar. “Caso não aceitem, não devem receber recursos, obter passaportes ou viajar a Uman [na Ucrânia, para peregrinação do Ano Novo]”.

Em junho do último ano, a Suprema Corte de Israel rescindiu uma política de décadas que isentava a comunidade do serviço militar — obrigatório a todos os cidadãos israelenses, homens e mulheres, a partir dos 17 anos.

O governo parece dividido, com partidos da coalizão reivindicando uma lei que garanta a cerca de 60 mil judeus ultraortodoxos que permaneçam isentos, apesar das alegações da oposição de que esta seria uma “lei de evasão militar”.

Nos dias recentes, a oposição — chefiada pelo ex-premiê Lapid, considerado centrista — clamou publicamente ao novo ministro da Defesa, Israel Katz, que encaminhasse ordens de serviço militar aos haredim, assim que assumisse a pasta.

Na sexta-feira (15), o governo confirmou intenções para recrutar, gradualmente, sete mil judeus ultraortodoxos, a começar neste fim de semana. Protestos, no entanto, resultaram em confrontos com a polícia.

O exército israelense sofre escassez sem precedentes de tropas, apesar das ameaças de uma guerra com o Irã, em meio a perdas diárias em seu genocídio em Gaza e sua invasão ao Líbano, onde não consegue avançar diante do grupo Hezbollah.

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