A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) confirmou nesta terça-feira (19) que o governo extremista da Argentino de Javier Milei, alinhado ao bloco pró-Israel, requereu a retirada de seus soldados em campo no Estado levantino.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Andrea Tenenti, porta-voz da missão de paz, confirmou a medida em coletiva de imprensa das Nações Unidas: “Está correto. A Argentina pediu o retorno de seus oficiais. São, hoje, três oficiais argentinos na Unifil. Nossas capacidades, portanto, não mudaram”.
Outros países, reiterou Tenenti, mantiveram compromisso: “Nenhum outro país nos pediu para retirar suas tropas de paz do Líbano”.
Sobre a razão para a partida, o porta-voz notou que Buenos Aires não concedeu detalhes ou informações adicionais.
Israel mantém ataques intensivos ao Líbano desde meados de setembro, com operações diretas contra bases e unidades das Nações Unidas no país, em franca violação do direito internacional e resoluções estabelecidas no Conselho de Segurança.
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Em 1º de outubro, o exército da ocupação israelense deflagrou ainda sua invasão por terra contra o Líbano — contida, no entanto, por batalhões de resistência do Hezbollah.
A ofensiva coincide com o genocídio em Gaza, há 13 meses, com 43.900 mortos, 104 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto por parte de Israel; sem água, comida ou medicamentos.
No Líbano, são 3.500 mortos, quase 15 mil feridos e mais de um milhão de deslocados à força, sobretudo nos últimos 45 dias.
Alinhada à extrema-direita nos Estados Unidos e na Europa, além do sionismo colonial de Israel, a Argentina de Milei — com recordes de pobreza — caminha na contramão de seus principais vizinhos na América Latina.
Brasil, Colômbia e Chile reconhecem o genocídio em Gaza, ao declararem apoio à África do Sul em sua denúncia no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, onde Israel é réu desde janeiro.
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