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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Marcha pró-Palestina reúne dez mil no Rio de Janeiro, pressiona líderes do G20

À beira do Atlântico, ativistas ostentaram lenços tradicionais palestinos (keffiyeh), faixas, cartazes e bandeiras do país. Palavras de ordem se concentraram na demanda por plena ruptura das relações Brasil—Israel, ao denunciar a cumplicidade internacional.

Uma enorme manifestação, debaixo de chuva, ocorreu no sábado (16) na orla carioca de Copacabana, em apoio ao povo palestino, sobretudo em Gaza, sob genocídio israelense há 13 meses, às vésperas da reunião dos líderes do G20 no Rio de Janeiro, no início desta semana.

Apesar da forte presença policial e mesmo militar, a manifestação correu pacificamente.

O G20 reúne lideranças das 19 maiores economias do mundo, junto de União Europeia e União Africana, além de convidados como António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, e Kristalina Georgieva, chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dentre os presentes: os presidentes Joe Biden (Estados Unidos), Xi Jinping (China), Recep Tayyip Erdogan (Turquia), Emmanuel Macron (França), entre dezenas de outros, incluindo emissários convidados de países emergentes.

A inédita liderança brasileira assumiu três pilares ao bloco: combate à pobreza e à fome; desenvolvimento sustentável; e reformas nas estruturas de governança global.

O G20 carioca coincidiu ainda com um contexto de divergências Sul-Norte, sobretudo em torno de reformas nos órgãos internacionais e tensões geopolíticas, com destaque para a invasão russa na Ucrânia e a agressão israelense em Gaza e no Líbano.

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À beira do Atlântico, ativistas ostentaram lenços tradicionais palestinos (keffiyeh), faixas, cartazes e bandeiras do país. Palavras de ordem se concentraram na demanda por plena ruptura das relações Brasil—Israel, ao denunciar a cumplicidade internacional.

Segundo os realizadores, a manifestação reuniu mais de dez mil pessoas, para reivindicar ações concretas por um cessar-fogo em Gaza.

Segundo o coletivo antissionista Vozes Judaicas por Libertação (VJL): “Mesmo sob chuva, a força dos movimentos sociais e ativistas de todo o mundo tomou Copacabana, exigindo ações concretas e condenação ao massacre cometido por Israel”.

 

O protesto coincidiu ainda com o G20 Social, iniciativa da liderança brasileira, organizada entre o Museu de Arte Moderna (MAM), sede do G20, e a Praça Mauá.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia da África do Sul deferida em janeiro. Na América Latina, Brasil, Colômbia e Chile aderiram à denúncia.

Em Gaza, as ações israelenses deixaram ao menos 43.900 mortos, sobretudo mulheres e crianças, além de 104 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto que engendrou uma catástrofe de fome sem precedentes.

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Segundo dados da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), 86% da população de Gaza — 1.8 milhão de pessoas — sofre fome em nível 3 (crise) ou pior. Em nível 5 (catástrofe), são ao menos 133 mil pessoas, sobretudo no norte.

Lula mantém críticas às ações de Israel e apoio ao processo em Haia — que o levaram a ser declarado persona non grata pelo Estado ocupante. Porém, a despeito da pressão da sociedade civil, ainda procrastina uma ruptura de relações.

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Palestina: quatro mil anos de história
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