O Conselho de Segurança das Nações Unidas falhou nesta segunda-feira (18) em adotar uma proposta de resolução para cessação imediata das hostilidades no Sudão, dentre as Forças Armadas e o grupo paramilitar Forças de Suporte Rápido (FSR).
As informações são da agência de notícias Al Jazeera.
A resolução, introduzida em conjunto por Serra Leoa e Reino Unido — que preside o fórum neste novembro —, buscava exortar as partes ao “fim imediato das hostilidades e diálogo de boa-fé, para facilitar a desescalada e um rápido acordo por cessar-fogo nacional”.
A moção, contudo, recebeu veto da Rússia, ao denotar novamente obstáculos estruturais que paralisam o Conselho diante de esforços para conter conflitos globais, como Sudão, Ucrânia e Gaza.
O conflito sudanês segue desde abril de 2023, por divergências políticas entre os antigos aliados, ao deslocar à força 11.3 milhões de pessoas, incluindo ao menos três milhões de refugiados para fora do país.
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Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a situação representa uma “catástrofe humanitária”.
São ainda mais de 26 milhões de pessoas em insegurança alimentar severa. No campo de Zamzam, em Darfur, foi declarada oficialmente epidemia de fome.