A gigante Estatal de petróleo saudita Aramco e as corporações chinesas Sinopec e Fujian deram início às obras de um novo projeto conjuntura no setor petroquímico, em território chinês, reportou a agência Bloomberg.
Segundo comunicado conjunto das empresas supracitadas, o projeto — em sua segunda fase — deve inaugurar operações, na região de Gulei, até 2030.
O projeto abrange uma refinaria de petróleo com capacidade de 16 milhões de toneladas cúbicas anualmente, além de uma usina de produção de etileno com capacidade de 1.5 milhão de toneladas por ano e uma usina de p-xileno com capacidade de dois milhões de toneladas por ano.
Aramco e Sinopec detêm cada uma 25% das ações no projeto; a Fujian assumiu posse da metade restante.
No fim de setembro, a Aramco e a Corporação de Indústrias Primárias da Arábia Saudita (Sabic) assinaram um acordo preliminar com a Sinopec para construir um novo complexo petroquímico na província de Fuquiém (Fujian), no valor de US$6 bilhões.
As empresas supracitadas assinaram ainda um memorando de entendimento para avaliar a viabilidade técnica e econômica de um novo complexo petroquímico a ser integrado à refinaria saudita de Yanbu, na costa oeste do reino, com capacidade de 400 mil barris de petróleo por dia (bpd).
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Em agosto, Amin Nasser, diretor executivo (CEO) da Aramco, notou intuito de obter novos investimentos chineses a usinas petroquímicas, para os próximos dois anos, ao melhorar acordos já assinados que garantam compradores de petróleo a longo prazo.
Em setembro, o premiê chinês Li Keqiang anunciou disposição do país em aprofundar sua colaboração com a monarquia, nos campos de petróleo, gás natural e infraestrutura.
Neste mesmo contexto, Riad indicou planos para expandir o ensino do mandarim em suas escolas, ao criar 800 vagas a professores à medida que a demanda pelo idioma oficial da China cresce exponencialmente dentro do reino.
Segundo a agência de notícias Xinhua, a medida coincide com a propagação do ensino do idioma em salas de aula nos colégios sauditas de educação fundamental e média.
Recentemente, foram enviados 175 professores de mandarim à monarquia, para iniciar as aulas ainda em outubro.
Sob o pacto, o Ministério da Educação da Arábia Saudita coopera como Centro de Ensino de Línguas da China ao organizar programas de treinamento a pedagogos, conduzidos na Universidade de Tianjin, a fim de formar professores com destino ao reino.
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As medidas, que variam do setor energético à cultura, refletem uma aproximação maior sino-saudita, também em setores como comércio, segurança e tecnologia, com acordos bilionários, à medida que a Arábia Saudita parece se afastar da influência de Washington, ao se alinhar, gradativamente, à China e aos Brics.