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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Entrada de alimentos cobre apenas 6% das necessidades de Gaza, alerta ONU

Centenas de palestinos aguardam ajuda alimentar em uma padaria de Deir al-Balah, em Gaza, em 22 de novembro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]
Centenas de palestinos aguardam ajuda alimentar em uma padaria de Deir al-Balah, em Gaza, em 22 de novembro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Os suprimentos alimentares que entram hoje na Faixa de Gaza, sob sítio militar de Israel, mal atendem 6% das necessidades da população, reportou neste domingo (24) a Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Segundo a UNRWA, o exército da ocupação israelense permite acesso, quando muito, de quantidades bastante restritas de farinha e outros insumos pelas travessias de fronteira, a despeito das carências urgentes e crescentes da população.

A agência notou que as ações levaram a uma crise severa no enclave palestino, sobretudo de acesso ao pão — base da dieta —, ao passo que a maioria das padarias no sul de Gaza se viram forçadas a fechar as portas.

Conforme o alerta, mais de dois milhões de pessoas deslocadas pela campanha de Israel sofrem hoje com fome, sede, doenças e pânico, à medida que as famílias não conseguem usufruir sequer de refeições diários.

A crise se agrava às vésperas do inverno, com frio e chuva, enquanto Israel ainda obstrui a entrada e distribuição de recursos, incluindo ataques diretos a equipes humanitárias.

A UNRWA reivindicou a reabertura das fronteiras, a fim de conter a catástrofe que toma o território, incluindo epidemia de fome e doenças já disseminadas.

O norte de Gaza é particularmente afetado, enfatizou a agência, sob a escassez crítica de água potável, medicamentos e alimentos essenciais. O bloqueio contínuo se soma ainda a bombardeios, invasões e demolições de infraestrutura civil, advertiu a UNRWA.

Israel mantém ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza há 415 dias, com mais de 44 mil mortos e 105 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Dentre os mortos, estima-se 17 mil crianças, além de dezenas que morreram de fome.

A campanha israelense é punição coletiva, crime de guerra e genocídio, como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, onde o Estado ocupante é réu por genocídio desde janeiro.

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