Israel destrói 200 sítios históricos e arqueológicos em Gaza, confirma ministro

O exército israelense atacou quase 200 sítios históricos e arqueológicos na Faixa de Gaza desde o início de seu genocídio em outubro de 2023, confirmou nesta segunda-feira (25) o Ministro do Patrimônio e Turismo da Autoridade Palestina (AP), Hani al-Hayek, em coletiva de imprensa realizada em Ramallah.

Conforme al-Hayek, diversos museus com itens e artefatos valiosos, além de mesquitas e igrejas históricas foram alvejados direta e deliberadamente por Israel, como parte de uma estratégia colonial para apagar a história milenar do povo palestino.

“Sítios históricos e arqueológicos são parte integral da identidade nacional de nosso povo palestino, e a maior evidência de nossa longa história nesta terra”, destacou o ministro, ao acusar Israel de destruir tudo — “a começar pela gente, então as pedras”.

Gaza é uma cidade antiga que transcendeu sucessivos impérios, desde os faraós no Egito a conquistadores gregos, romanos, bizantinos, cruzados e otomanos.

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A agressão israelense em curso deixou ao menos 44 mil palestinos mortos em 13 meses, além de 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Israel avançou também contra o Líbano, com ataques a sítios históricos como a cidade de Baalbek, no sul do país. No Estado levantino, são ao menos três mil mortos, 13 mil feridos e 1.3 milhão de deslocados à força, sobretudo nos últimos 45 dias.

Na última quinta-feira (21), o Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, deferiu mandados de prisão contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado de apartheid é réu por genocídio sob denúncia da África do Sul deferida em janeiro.

Ataques israelenses a sítios arqueológicos, históricos e turísticos, incluindo Patrimônios da Humanidade conforme o Fundo das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), tornaram-se comuns, em meio a denúncias de memoricídio.

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