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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Netanyahu é o principal responsável por 7 de outubro, confirma inquérito

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante coletiva de imprensa em Jerusalém ocupada, em 2 de setembro de 2024 [Ohad Zwigenberg/AFP via Getty Images]

A Comissão Civil de Inquérito, que investiga indícios de falha na inteligência na infiltração de militantes palestinos nos colonatos israelenses, em 7 de outubro de 2023, corroborou que o governo e o establishment de segurança “deixaram de proteger civis”, ao notar que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, é o principal responsável pelo incidente.

Conforme a investigação, ações de Netanyahu impactaram a tomada de decisão, levando ao “fracasso histórico”.

Após entrevistar 120 pessoas, o comitê concluiu que Netanyahu é o principal responsável pela ideia de que o envio de recursos cataris manteria a tranquilidade em Gaza, incluindo ao silenciar “vozes dissidentes”.

“Diante dos testemunhos e descobertas, podemos concluir decisivamente que o governo em geral e o primeiro-ministro, em particular, não se prepararam ou planejaram de forma adequada não apenas para o desastre de 7 de outubro, como outros cenários”, reiterou o relatório.

“Além disso, [Netanyahu] é consideravelmente responsável pela divisão interna ao país”, acrescentou, “com impacto na resiliência da sociedade israelense”.

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Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, como retaliação e punição coletiva a uma operação transfronteiriça do grupo Hamas que capturou soldados e colonos. Desde então, as ações de guerra falharam no resgate.

O exército colonial alega ainda que a incursão palestina incorreu em 1.200 mortes, índice, no entanto, sob escrutínio, após o jornal israelense Haaretz divulgar evidências de “fogo amigo”, com ordens gravadas de comandantes militares para atirar em reféns.

Em Gaza, são 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados sitiados, sem comida, água ou medicamentos.

Os massacres contra os palestinos de Gaza levaram a uma crise de diplomacia e relações públicas sem precedentes na história da ocupação israelense, além da protestos internos contra o governo.

Na última quinta-feira (21), o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, após seis meses de análise, emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, pelos crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.

Netanyahu é acusado de sabotar um eventual acordo de cessar-fogo em Gaza sob receios do colapso de seu governo de extrema-direita, fim de sua carreira política e mesmo prisão por corrupção nos três processos em curso no judiciário israelense.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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