O movimento libanês Hezbollah reportou a destruição de mais de 50 tanques israelenses Merkava desde o início da invasão do Estado colonial sionista às aldeias no sul do Líbano, em 1º de outubro. Cada tanque é estimado em US$3.5 milhões.
Os danos se somam às baixas impostas a Israel entre a invasão e o cessar-fogo instituído a partir desta quarta-feira (27), sob acordo mediado por França e Estados Unidos.
Segundo as informações, somente nos últimas três dias, cinco tanques foram destruídos no subúrbio da cidade costeira de al-Bayada, no leste do país, além de um sexto Merkava em Deir Mimas, na região oeste.
O Hezbollah anunciou, neste contexto, a retirada de 30 veículos do exército ocupante das aldeias de Tayr Harfa e Shama, sob cobertura de artilharia através da fronteira.
Os tanques inutilizados, seguiu o relato, incluem um blindado que tentava rebocar outro previamente atingido.
Após 52 dias de ofensiva por terra, as forças israelenses foram contidas, no entanto, por batalhões de resistência do Hezbollah, sem capturar sequer uma aldeia. O grupo libanês, contudo, sofreu baixas consideráveis entre a sua liderança.
Israel busca controlar a narrativa sobre suas baixas em Gaza e no Líbano, mas estimativas indicam ao menos 890 soldados mortos e 11 mil feridos desde outubro de 2023.
O cessar-fogo sucede 14 meses de troca de disparos entre Tel Aviv e Hezbollah, através da fronteira, em meio ao genocídio em curso em Gaza, com 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.