O cessar-fogo no Líbano, adotado nesta quarta-feira (27), não significa o fim das ações de apoio da resistência iraquiana à Faixa de Gaza, ainda sob genocídio israelense, destacou Adel al-Karawi, porta-voz do movimento Ansar Allah al-Awfiya.
Em conversa com a rede Al-Resalah Net, al-Karawi insistiu que o “eixo de resistência” tem ferramentas e estratégias em mãos para ampliar seu apoio ao povo palestino, para que os inimigos — isto é, Israel — concordem com um cessar-fogo em Gaza.
Al-Karawi enfatizou que a frente de apoio se estabeleceu, desde o princípio, para conter a campanha militar israelense contra Gaza e que manterá sua missão até que os objetivos sejam conquistados.
Para al-Karawi, a resistência libanesa, encabeçada pelo Hezbollah, assegurou um acordo que forçasse a ocupação a demarcar fronteiras e deixar o território.
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Al-Karawi afirmou ainda que Israel sofreu perdas consideráveis no Líbano, sem alternativa senão recuar. Neste sentido, expressou confiança de que resultados similares advenham a Gaza, devido à resistência ainda ativa na região.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob sítio absoluto; sem água, comida ou sequer medicamentos.
Neste entremeio, Israel manteve troca de disparos transfronteiriços com o Hezbollah, até esta quarta, além de uma invasão por terra ao Líbano desde 1º de outubro, com prazo de 60 dias para retirada completa.
Além disso, o exército israelense mantém ataques esporádicos a outros países, incluindo Iêmen, Síria, Iraque e Irã. Há receios de propagação da guerra.
As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado de apartheid é réu por genocídio, sob denúncia da África do Sul deferida em janeiro.