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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Massacres são ‘oportunidade para reconquistar’ Gaza, alega ministro de Israel

Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, em Jerusalém ocupada, 24 de janeiro de 2023 [Saeed Qaq/Agência Anadolu]

Há uma “oportunidade histórica para reconquistar a Faixa de Gaza e promover a migração voluntária [sic]”, alegou nesta quinta-feira (27) o ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, segundo informações do jornal Maariv.

Para Ben-Gvir — chefe do partido supremacista Otzma Yehudit (Poder Judeu) —, as ações de limpeza étnica “trariam paz ao sul de Israel [sic]”.

Suas declarações ecoam outros ministros do governo israelense, dentre os quais, Bezalel Smotrich (Finanças) e Yitzhak Goldknopf (Habitação), no sentido de reocupar ilegalmente a Faixa de Gaza, ao reivindicar assentamentos e expulsão dos palestinos.

Segundo o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth, Goldknopf afirmou a resposta israelense aos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, deferidos na quinta-feira passada (21), deve ser o reassentamento de Gaza.

Gideon Sa’ar, ministro de Relações Exteriores, por sua vez, nega intenção de “controlar a vida civil” na Faixa de Gaza, embora não descarte a presença militar.

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Ainda nesta semana, Smotrich — radicado em um colonato ilegal na Cisjordânia — pediu a “redução pela metade” da população de Gaza dentro de dois anos, em nova declaração denunciada como incitação ao genocídio.

Organizações, como a Oxfam internacional, alertam para um processo de limpeza étnica avançada, sobretudo no norte do enclave palestino.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza há quase 14 meses, com ao menos 44.363 mortos, 105.070 feridos e dois milhões de desabrigados, sob sítio militar absoluto — sem comida, água ou sequer medicamentos.

Entre as fatalidades, cerca de 17 mil são crianças.

Estima-se 11 mil desaparecidos.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, onde o Estado de apartheid é réu por genocídio desde janeiro, sob denúncia da África do Sul.

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