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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel impede retorno de residentes a 64 aldeias no sul do Líbano

Residentes do distrito de Tiro tentam retornar às suas casas, após acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, no Líbano, 29 de novembro de 2024 [Stringer/Agência Anadolu]

A imprensa nacional libanesa confirmou nesta sexta-feira (29) — segundo dia de suposto cessar-fogo no Líbano — que o exército de Israel disparou contra cidadãos em numerosas cidades e aldeias no sul do país, ao ordenar a residentes que não retornem a ao menos 64 comunidades na região.

Segundo relatos, tropas israelenses também abriram fogo contra civis que realizavam um funeral em Khiam, seguido pelo disparo de ao menos uma bomba de artilharia na cidade, na província de Nabatieh.

A ocupação israelense ameaçou, em nota, atacar cidadãos libaneses encontrados ao sul das aldeias de Shebaa, Hebbariyah, Marjaayoun, Arnoun, Yohmor, Qantara, Chaqra, Yater, Baraachit e Mansouri, na região meridional do país.

O exército colonial proibiu o retorno de residentes ansiosos a retomarem suas vidas, “até nova ordem”, ao afirmar, em tom de ameaça, que qualquer um que realize a jornada “está se colocando em perigo”.

As proibições ao direito de retorno dos deslocados à força coincidem com denúncias do exército libanês de diversas violações israelenses ao acordo de cessar-fogo, mediado por Estados Unidos e França, ainda nas primeiras 48 horas de implementação.

LEIA: Após cessar-fogo, libaneses tentam retornar às ruínas de suas casas

Em comunicado, disseram as forças libanesas: “E’m 27 e 28 de novembro, após o anúncio do acordo de cessar-fogo, Israel violou os termos múltiplas vezes”

Sob o acordo, o exército israelense tem de recuar ao sul da Linha Azul, fronteira de facto com o Líbano; o Hezbollah tem de se retirar ao norte do rio Litani; e o exército libanês tem de enviar tropas à zona neutra, para monitorar o processo.

Nesta sexta, o exército israelense anunciou ter atacado mais de 12.500 alvos durante sua agressão ao Líbano, atribuídos ao grupo Hezbollah, incluindo 260 alvos na capital Beirute e cerca de mil alvos na região do Bekaa.

A agressão israelense ao Líbano deixou 3.960 mortos, 16.500 feridos e até 1.3 milhões de deslocados à força, em paralelo ao genocídio em Gaza, com ao menos 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados — sem horizonte de cessar-fogo.

LEIA: Entre esperança e ceticismo, palestinos reagem ao cessar-fogo libanês

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