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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

World Central Kitchen para operações em Gaza após ataque direto de Israel

Palestinos deslocados aguardam em filas para receber assistência da ong World Central Kitchen (WCK), em Bani Suheyle, a leste de Khan Yunis, em Gaza, em 10 de junho de 2024 [Hani Alshaer/Agência Anadolu]
Palestinos deslocados aguardam em filas para receber assistência da ong World Central Kitchen (WCK), em Bani Suheyle, a leste de Khan Yunis, em Gaza, em 10 de junho de 2024 [Hani Alshaer/Agência Anadolu]

A organização não-governamental World Central Kitchen (WCK) suspendeu neste sábado (30) suas operações na Faixa de Gaza sitiada após um ataque aéreo israelense atingir um veículo que transportava membros de suas equipes, reportou a rede Anadolu.

O bombardeio israelense ocorreu em Khan Younis, no sul de Gaza, ao constituir o terceiro ataque letal somente neste ano contra a consagrada entidade internacional, que distribui refeições e administra cozinhas comunitárias em Gaza.

Em nota compartilhada nas redes sociais, a organização lamentou o incidente e declarou trabalhar para obter esclarecimentos. “Estamos de coração partido que um veículo com nossos colegas foi atingido por um bombardeio de Israel”, afirmou a nota.

A WCK negou as alegações da ocupação de que “um dos indivíduos presentes no veículo tivesse supostos laços com os ataques do Hamas de 7 de outubro”.

“Neste momento, estamos trabalhando com informações ainda incompletas que exigem, com urgência, maiores detalhes”, acrescentou.

Mahmoud Basal, porta-voz do Departamento de Defesa Civil da Palestina, confirmou que cinco mortos foram transferidos a um hospital para autópsia, incluindo as três vítimas da World Central Kitchen.

“Todos os três trabalhavam para a WCK, atingidos enquanto dirigiam um veículo de quatro rodas na cidade de Khan Younis”, notou Basal. “O carro estava marcado com um logotipo da entidade claramente visível”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 44 mil mortos e 105 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem água, comida ou medicamentos. Dezenas morreram de fome.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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